Segurança Privada - Metodologia
"O maior guerreiro é aquele que vence sem lutar."
O Perfil do Profissional
A verdadeira segurança nunca é barata...
O bom agente é o exemplo perfeito de um paradoxo: sempre pronto fisicamente e intelectualmente dentro de uma disciplina rigorosa, e tendo a obrigação de tornar-se versado em diversas técnicas conceituadas de segurança deve ao mesmo tempo ser psicologicamente capacitado para adoptar uma postura que muitas vezes é confrontada pelo próprio Ego do ser humano por trás do profissional, já que deve ser capaz de integrar um cenário como se fosse uma peça de mobília - presente, porém ignorado pelas atenções. Isso, até ser chegado o momento de não ser! O paradoxo repousa no fato de que se o agente for realmente bom, esse momento não chegará jamais...
A Escolha do Agente
Grande parte das estratégias empregadas pelos agentes quando actuam devem consistir invariavelmente em técnicas de prevenção à possibilidade de um assalto ou sinistro. Por mais apto ou perito que seja um agente em posse de uma arma, se ele chegou ao ponto de precisar sacá-la para defender o seu cliente é porque alguma falha muito grave ocorreu durante o decurso da técnica de segurança implantada. Todos estamos propensos a cometer erros de análise, mas no caso da Segurança Pessoal Privada esses erros podem incorrer em consequências irremediáveis. A escolha de um profissional desta área deve ser feita embasada em cuidados redobrados mais do que na maioria de quaisquer outras áreas; uma vez que aqui, de nada lhe pode valer obeter uma segunda oportunidade para se cometer o mesmo erro.
Um bom profissional actuará como um consultor qualificado em advertir e acessorar o seu cliente quanto á viabilidade de se seguir e instalar determinados protocolos. Para tanto, a destreza mental de tal agente deverá ser sondada e valorizada mais do que qualquer outro atributo relevante. O porte físico indicado a um agente deve enquadrar-se, preferencialmente, dentro do biotipo de um homem médio comum (1,70 a 1,80m). A vantagem oferecida por um profissional que não se revele ameaçador ou chame a atenção para si, pode ser o diferencial que o possibilitará transitar e observar mais livremente os diversos detalhes quando em campo. Um porte ostensivo, ao contrário do que rege a crença popular, só deveria ser indicado no caso exclusivo de acompanhamento de celebridades que, de cada cem investidas de transeuntes desconhecidos apenas um centésimo desse percentual em média poderia vir a ser portador de uma ameaça real. Aqui o porte ostensivo existe para simplesmente dissuadir psicologicamente a investida dos fãs, e a força física aliada ao porte musculoso torna-se necessária para se poder repelir pequenos grupos sem que seja necessário o uso de gestos muito bruscos ou violentos. Para os demais casos, onde o cliente não deveria para todos os efeitos ser alvo de atenção pública, poder-se-ia dizer que apenas uma em cada cem investidas de transeuntes desconhecidos, é que não teria a sua origem em intensões ilícitas ou de má fé, logo, não há aqui necessidade de preocupação com o uso comedido da força. O agente de médio porte nesse caso leva a vantagem de não chamar a atenção nem para si, nem para o seu cliente. Podendo, desta forma, contar com a oportunidade necessária para o emprego da iniciativa no uso das suas técnicas de segurança preventivas.
"Não existem homens extraordinários, somente homens ordinários em situações extraordinárias."
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